• Educação & Pesquisa

    O acesso à informação em nosso país é mais um dos direitos negados à população favelada e periférica. “A crise da educação no Brasil não é uma crise; é um projeto”, afirmava de forma certeira Darcy Ribeiro. Por essa razão, trabalhamos no intuito de garantir acesso à informação para toda população, mas com um enfoque na juventude favelada, uma vez que essa é a mais atingida pela máquina de violência do Estado, assim como pela planejada desinformação.

     

    Nesse sentido, buscamos capacitar, formar e informar os jovens em temáticas e áreas chaves para seu bem estar e sobrevivência, tais como História e Política; Saúde Mental, Drogas e Redução de Danos; Guerra às Drogas e Criminalização da Favela; Colorismo, Gênero e Sexualidade; Arte, Comunicação e Educação Popular; Direitos, Serviços e Cidadania e etc., com o objetivo de garantir acessos e participação cidadã àqueles que historicamente tem esse lugar negado.

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    Das lajes às salas de aula…

    Nossa ações e atividades vão desde aulas e oficinas nos mais variados espaços de educação à palestras em congressos nacionais e internacionais relacionados aos temas trabalhados na Movimentos. Acumulamos, desde 2016, uma metodologia própria na abordagem de assuntos sensíveis e caros para nossa sociedade. Produzimos em 2017 a Cartilha Movimentos, material com linguagem acessível e de fácil circulação, distribuída para milhares de pessoas nos últimos anos. A cartilha também nos serve como material base para oficinas, aulas e debates.

    Residência Movimentos

    Só quem já viveu, sabe! Essa é a nossa formação continuada com duração de 2 à 3 meses, que conta com dois encontros semanais. Nosso público alvo são jovens moradores de favelas do Rio de Janeiro, em que buscamos sempre garantir a diversidade racial e de gênero nas turmas, assim como a diversidade em saberes e habilidades, visando potencializar as diferentes visões e tipos favelado. Temos como princípio uma educação de qualidade

    e afetiva, em que a troca e escuta ativa com aqueles que participam são base para

    construção do saber.

     

    Fornecemos alimentação e uma bolsa mensal de 700 reais, pois acreditamos ser inviável

    para jovens de favela a permanência em determinados espaços e formações sem esses requisitos mínimos. Educação deve ser pensada para além dos conteúdos que podem ser trocados, abrangendo a qualidade de vida e bem estar dos educandos. Quanto mais se

    pode fazer, mais deve ser feito, pois algumas populações não dispõem do básico para disputar a cidade, cursos e ocupar lugares.

     

    A Residência Movimentos, que já teve 4 edições, visa formar e difundir conhecimentos em três áreas: História e Política; Redução de Danos e Saúde Mental; Comunicação e Arte.

    Dentro dessas grandes áreas, abordamos inúmeros conteúdos que podem potencializar a conscientização dos participantes com relação ao seu lugar no mundo, assim como habilidades e conhecimentos que podem ser fundamentais para seu desenvolvimento profissional. Confira aqui as edições passadas!

    Para nós da Movimentos, garantir acesso à informação e educação de qualidade é garantir o direito à vida e a possibilidade de participação em nossa sociedade. É garantir o acesso à história e memória da luta de nossos ancestrais, com a possibilidade de construir identidades a partir do que é comum, daquilo que faz sentido em nossas trajetórias, corpos e alma. Através do pensamento decolonial visamos desconstruir as amarras impostas de uma cultura que não nos representa e no lugar construir uma nova ou resgatar as que nos foram negadas.

    Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.”

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